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Mato Grosso do Sul, 17 de abril de 2024
Campo Grande/MS
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Com Bolsonaro “nu”, entidade lança campanha contra desinformação do governo

A ONG Repórteres Sem Fronteira (RSF) lançou nesta segunda-feira (22) a campanha “A verdade nua” pela defesa do direito à informação confiável no Brasil. Com uma fotomontagem do presidente Jair Bolsonaro segurando uma placa com os números de mortos e casos confirmados de Covid-19 no Brasil, a campanha “reitera a importância crucial do jornalismo para garantir o acesso a informações confiáveis sobre a pandemia”.

De acordo com a RSF, a peça foi produzida pela agência BETC Paris. “Essa campanha propositalmente chocante visa despertar as consciências a reagirem aos ataques permanentes do sistema Bolsonaro contra a imprensa”, afirmou Christophe Deloire, Secretário-Geral da RSF.

Ainda conforme a entidade, a campanha é “uma forma simbólica de confrontar o presidente Bolsonaro com a realidade nua e crua dos fatos, enquanto ele acusa a imprensa pelo caos instalado no país para desviar a atenção de sua desastrosa gestão da crise sanitária”.

“O Brasil é hoje o terceiro país mais afetado no planeta pela Covid-19 e a campanha reforça a importância de conhecer os fatos para compreender a pandemia e poder agir sobre ela. Fatos aos quais a população brasileira não teria acesso sem o trabalho dos jornalistas”, destacou a RSF.

ONU soa alerta contra a desinformação na pandemia

No mesmo dia em que Bolsonaro é alvo de uma campanha, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, usou seu discurso de abertura no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para fazer um alerta sobre líderes que disseminam desinformação na pandemia.

“O acesso à informação que salva vidas foi ocultado  enquanto que a desinformação mortal foi amplificada – inclusive por aqueles no poder”, alertou Guterres. Ele não citou nomes. Mas, nos bastidores, diplomatas admitiram que a situação no Brasil era uma das referências preocupantes.

Sempre que informações contrárias aos seus interesses ou aos de sua administração se tornam públicas, ele não hesita em atacá-los com violência. No final de janeiro, por exemplo, Jair Bolsonaro mandou os jornalistas para ” a puta que o pariu ” e afirmou que a lata de leite condensado era para ” enfiar no rabo […] da imprensa”, lembrou.

“Essa declaração delirante faz parte de uma estratégia bem azeitada de ataques contra a imprensa coordenados pelo presidente e seus familiares que ocupam cargos eletivos, conforme apresentado pelo relatório da RSF que lista nada menos que 580 ataques apenas em 2020”, completa a ONG.

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